27 de fev. de 2012

Cinema

A acentuação tônica - l'accent tonique dans ce texte, écoutez



É sempre interessante para mim como carioca saber que o Rio inspira a tima arte. A comédia “Agente 117 – Rio não responde mais” (“OSS 117 – Rio ne répond plus”, 2009, França), do diretor Michel Hazanavicius, está entre os exemplos mais recentes. Ele encarou o desafio de escolher aqui locações que remetessem aos anos 60 e, assim, ambientar no Rio e também na capital, Brasília, as pericias do atrapalhado detetive e espião francês Hubert Bonisseur de la Bath, o agente 117 (Jean Dujardin). Ele recebe a missão de vir ao Brasil recuperar para o governo francês um microfilme com informações comprometedoras.
Despertam a minha curiosidade os locais em que as cenas foram gravadas, já que a intenção era mostrar cenários de 50 anos atrás. E também a técnica em tomadas como as do Cristo Redentor, para “devolver” à paisagem a aparência de antigamente. Aguçam ainda a minha atenção as rápidas falas em português, como: “Tudo bem?” e “Nós estamos procurando... vocês podem nos ajudar?”. Num cardápio de humor, vale tudo para subverter e divertir. A alguém, aludindo ao calor num escritório, pedir cocos, servidos em frutas já secas como drinques, com guarda-chuvinhas coloridos!
Muito especial também, assistindo à premiação do Oscar 2012, foi ver Hazanavicius e Dujardin serem consagrados por outro trabalho, o filme mudo "The artist", pelo qual receberam as estatuetas douradas de melhor diretor e melhor ator, respectivamente. O longa-metragem preto e branco também ganhou nas categorias melhor filme, melhor trilha sonora original e melhor figurino. Dias antes, a produção franco-belga de 2011 já recebera sete estatuetas do Bafta (prêmio da Academia Britânica de Artes da Televisão e do Cinema) e três Globos de Ouro.

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